5 Passos Eficazes Para Travar Pensamentos Obsessivos!
A Eficácia Está Na Simplicidade Da Estratégia
Tenho a certeza que já viveu este tipo de situação vezes sem conta:
Há um pensamento, ideia ou conjectura que lhe "martela" a cabeça, e você já não sabe o que fazer para se livrar disso! Normalmente começa por querer livrar-se à viva força, mas volta não volta, o raio do pensamento não o(a) larga, e ás vezes dura dias a fio, e parece que só pára quando você o concretiza...
Isto parece ser uma brincadeira de mau gosto na nossa mente, parece aquele diabinho da tentação, a meter-se connosco, mas o que é verdade é que muitos destes pensamentos podem ser angustiantes, paralisantes e provocarem níveis muito altos de ansiedade.Vamos agora aos detalhes desta estratégia para travar e mesmo fazer parar os comboios de pensamentos obsessivos!
Imagem da Internet |
1 – Páre de tentar esquecer
pensar…
Quanto mais tenta deixar de pensar, mais reforça a estrutura desse
pensamento; imaginemos que queria deixar de pensar em bolo de chocolate. Ao fazer
isso, a imagem do bolo é o que mais se evidencia na sua mente, a é essa imagem
que vai reproduzir-se num pensamento correlacionado!
A melhor abordagem é dar-se conta de que está a ter o pensamento, não o julgar (não lhe colocar rótulos de bom,
mau, invasivo, etc.), e deixá-lo ir como se visse um autocarro da sua
janela a passar lá em baixo na estrada!
2 - Aceite-os!...
Outro ponto da estratégia é ACEITAR os pensamentos indesejados, em vez de lutar estoicamente contra eles.Reproduzo aqui as instruções de um estudo que constatou a diminuição da aflição e angústia dos participantes:
“Lutar com o seu pensamento alvo é como lutar contra a areia
movediça. Eu sugiro que você assista aos seus pensamentos. Imagine que eles
estão saindo de suas orelhas com pequenos sinais a indicar a saída, segurados por soldados
a marchar. Permita que os soldados marchem na sua frente, como um pequeno
desfile. Não discuta com os sinais, nem os evite,nem tente mandá-los embora.Basta vê-los a marchar" (Marks & Woods, 2005, p.440).
Imagem da Internet |
3 –E faça logo uma substituição…
E
deixe de se afligir, não tem propriamente
que pensar no oposto (continuando com o exemplo do bolo de
chocolate, não teria que pensar numa
maçã, por exemplo…) Poderia escolher pensar na última vez que esteve na praia
ou num passeio e seguir a linha de pensamento por aí!
4 – Pare o comboio na gare…
Os
pensamentos agrupam-se por temas, memórias
e imagens que se associam e
relacionam com o mesmo tipo de emoções; ao dar-se conta de que está a ter
já dois ou mais pensamentos da mesma
família – como as carruagens de um
comboio – escolha parar
imediatamente, respire duas ou três vezes para se poder centrar, e vá para o passo 2. Lembre-se que um
pensamento depende unicamente do poder que lhe dá, da alimentação que lhe
fornece.
5 – Nem se atreva a falar nele…
A nossa voz tem repercussões
eléctricas e vibracionais no
nosso sistema neurovegetativo, como se o cérebro ouvisse as nossas próprias palavras tanto como ouve o que os outros
falam, e portanto verbalizar o que
quer que seja que esteja a pensar, com emoções fortes acrescidas, torna real o “objecto” de que se está a falar! Se pegarmos de novo no bendito do pensamento sobre o bolo de chocolate:
- Penso
e sinto desejos (impulso) por um bolo de chocolate, e só “vejo” bolos de chocolate á minha frente.
Falo com uma amiga, ou comento verbalmente para mim mesma que
tenho vontade de comer bolo, e quando me
dou conta (sim, porque de repente perco o contacto com a realidade
presente) estou na pastelaria a comer uma fatia de bolo de chocolate, tal e
qual como eu pensei e falei.
Juntando tudo:
Quando eu uso esta estratégia, logo que o pensamento e imagens (de uma fatia de um belo e cremoso bolo de chocolate- e se for um semi frio, com uma bola de
gelado em cima, ainda melhor - se formam na minha
mente, eu deixo de o rotular,(de belo, hummmm, apetecível e etc.), ACEITO-O tal como ele é, deixo-o esvaziado de emoção alguma, como se fosse um pensamento sobre um
autocarro, e então vou a tempo de
imediatamente pensar no meu amigo João que me falou de um filme que está
candidato aos Ócares, penso em ir no sábado à noite ao cinema com aquela minha
amiga que é cinéfila e que antes até podemos passar pela livraria do Centro
Comercial e… eu antes disto tinha pensado no quê mesmo?...
Experimente
fazer isto várias vezes, treinando
com outros tipos de pensamento que sinta e que esteja a permitir que sejam invasivos, e verá que
cada vez é mais fácil lidar com impulsos e pensamentos que se tornaram
obsessivos.
No entanto se tiver outro tipo
de estratégias, conte-me quais, pois certamente há muitas maneiras de “apanhar moscas”.
Comentários
Enviar um comentário